domingo, 15 de abril de 2012

Xamã

Não me esqueci da segunda parte da postagem sobre Maiakóvski. Em algum momento irei escrevê-la. No entanto, o post de hoje é um poema meu, que se chama Xamã.







Andaluzia chama...
Andaluzia chama
Verdejantes,
Seus sóis rugem
Por entre a vaga
D'onde emerge teu corpo
Ambíguo

Há um redemoinho na relva
A poeira revela - reconstruindo
O Espírito - o caminho do ar
E teus olhos, intocáveis
Observam apenas
Certos de seu tato
Enquanto próximo ao Hemisfério
Uma noite Persa se aproxima              
De suas linhas inventadas.

Uma luz brota do espinho
De um cacto
E orienta um touro por sobre
A duna.                                            

Andaluzia chama
Andaluzia em chamas
Verdejantes seus sóis
Respiram, cegos,
A elegia do
Xamã                    

E há somente uma dança                        
Que resiste ao tempo
E há somente uma dança
Que recria o tempo
Anunciando o novo
Mito.

Um comentário:

  1. Fazia tempo que não te lia em versos, man!

    Aproveitando, deixo aqui um vídeo para xs leitorxs do espaço: http://vimeo.com/40411264

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