Não me esqueci da segunda parte da postagem sobre Maiakóvski. Em algum momento irei escrevê-la. No entanto, o post de hoje é um poema meu, que se chama Xamã.
Andaluzia chama...
Andaluzia chama
Verdejantes,
Seus sóis rugem
Por entre a vaga
D'onde emerge teu corpo
Ambíguo
Há um redemoinho na relva
A poeira revela - reconstruindo
O Espírito - o caminho do ar
E teus olhos, intocáveis
Observam apenas
Certos de seu tato
Enquanto próximo ao Hemisfério
Uma noite Persa se aproxima
De suas linhas inventadas.
Uma luz brota do espinho
De um cacto
E orienta um touro por sobre
A duna.
Andaluzia chama
Andaluzia em chamas
Verdejantes seus sóis
Respiram, cegos,
A elegia do
Xamã
E há somente uma dança
Que resiste ao tempo
E há somente uma dança
Que recria o tempo
Anunciando o novo
Mito.
Fazia tempo que não te lia em versos, man!
ResponderExcluirAproveitando, deixo aqui um vídeo para xs leitorxs do espaço: http://vimeo.com/40411264