Após ter deixado esse blog ao léu, sem nenhuma postagem, decidi que deveria voltar e deixar algo novo na Teia da Tarântula.
A propósito, por falar em Tarântula, meu poema, já exposto aqui, chamado Tarântula foi o vencedor do Concurso de Contos e Poemas promovido pelo DCE JK da UFTM. Como prêmio, ganhei um livro organizado por Guido Bilharinho, uma antologia de poetas daqui de Uberaba, que ainda não tive tempo pra ler, e a publicação de meu poema na Revista Pasárda, do curso de Letras da UFTM. Então, aqui está o link do poema na revista
http://www.revistapasargada.com.br/edicao_.asp?cod=4&edicaoCod=3
Aproveitem e conheçam os outros textos publicados!!
Mas, na verdade, o motivo desse post não era esse; isso fora apenas uma lembrança oportuna. Vim aqui trazer mais um poema de minha autoria, chamado Meia-Luz. É o primeiro poema da minha curta experiência poética que eu posso dizer que ficou "menos pior" e que deve vir a público.
Meia-Luz
Resta, apenas,
O quarto sem
Perfume
E a sombra da
Mulher que se deita
Com os lábios abertos
Cristalizada
Na moldura retangular.
Cego, a persigo,
O tato busca
A sombra
De qualquer luz.
Com o desejo do toque,
Esboço poemas de amor.
E como num pórtico
Vermelho e negro
Abrem-se ainda mais
Seus lábios.
Vacilante,
Tento alcançá-la,
Vertê-la
Com gestos
Instintivos,
Mas, subitamente,
Ela se mistura
Com a fumaça
Do cigarro.
E o que resta é a
Meia-luz
Do quarto
Sem perfume.
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